Domingo, 27 de Fevereiro de 2011
Volta, chefe Silva, estas perdoado!
Enquanto estava a zappar este Domingo, caí num programa da rtp1, chamado Chefs, com um tal Luís Baena. E achei aquilo tudo muito estranho. O senhor faz uma espécie de salada às bolinhas - parecem ovas, mas é tomate e alface… Faz uma espécie de creme de gema de ovo - tem a textura dos ovos moles mas sabe a… you guessed it! Gema de ovo! E umas migas de bacalhau em forma de pila com folha de ouro em cima. Por baixo, aparecem umas fatias de não se quê. E tempera as bolinhas de salada com vinagrete (where does THAT come from?!)
Não ponho em causa o talento do senhor, nem sequer o sabor do prato (se calhar, até sabe bem). Mas ao mesmo tempo, pergunto-me: por que é que alguém se há-de dar ao trabalho de fazer salada às bolinhas e cozinhar gemas de ovo por mais de uma hora para ficarem com a textura dos ovos moles (e sabor de gema de ovo) e mais uma data de coisas que já não apanhei mas que deviam ser igualmente ridículas? É que eu olhei para o prato e nem sequer fiquei a babar… Não é suposto? Se é para ter esse trabalho todo, é bom que nos dê vontade de comer só de olhar…
Mas gostava de saber quanto é que se paga por esta pila dourada no restaurante onde o senhor trabalha.
Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2011
Que Calimero Que Sou
Como não podia deixar de ser (já aqui disse antes, sou uma grande opinion maker…), também eu tinha de vir deixar aqui os meus 5 tostões sobre essa grande canção de intervenção que dá pelo nome 'Que Parva Que Sou'. Não é um Zeca Afonso, mas é o que temos agora. Paciência.
Mais especificamente, gostava de começar por comentar esta troca de argumentos que se tem visto por essa bulogosfera fora, ora a favor do conteúdo da letra, ora contra, ora contra quem está contra, enfim, isso. E o que dizer sobre isso? Apenas uma coisa: é completamente parvo, porque se baseia na lógica da batata. Logo, também a música é parva, mas isso já o título o diz, não fui eu que inventei!
E porquê, perguntam-me vocês. Então eu explico: haverá alguma geração que não tenha pelo menos parte dos seus membros à rasca? E haverá alguma geração que não tenha gente a ter tudo de mão beijada e a viver à custa dos papás? E assim por diante?
Parece-me que há de tudo isto em todas as gerações, meus amigos, e não vale a pena estarmo-nos a chatear por causa disto. A diferença é que agora andamos quase todos com uma mão atrás e outra à frente (muitas vezes estendida). E se calhar também somos mais queixinhas, vá. Mas queixinhas daqueles que só se sabem mesmo queixar e que não são capazes de dar um soco nos queixos do brutamontes que lhes prega rasteiras sempre que os apanha no recreio.
Pronto, bulogueiros, deem lá um beijinho e façam as pazes, que não vale a pena chatearem-se por causa da lógica da batata.
E agora meninos, ide mas é trabalhar, ide. Toca a circular que aqui não há nada para ver.
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2011
Coisas da minha mãe – não tentem isto em casa! #3
Quando eu era miúda, os meus pais ofereceram-me uma bicicleta daquelas com rodinhas de treino. Fiquei maravilhada! Ao fim de pouco tempo, já andava apenas com uma roda de treino - começava a aprender a equilibrar-me e, se visse que a coisa começava a dar para o torto, inclinava a bina para o lado onde ainda estava a rodinha e safava-me do trambolhão.
Uma bela tarde, andava eu nas minhas pedaladas habituais, a tentar equilibrar-me o melhor que podia sem fazer batota, recorro ao meu truque do costume: antes de me espalhar, inclino o corpo para o lado da rodinha e... PUMBAS! Mando um belo tralho!
E porquê? Porque mamãe quirida, achando-se um verdadeiro génio na pedagogia do ciclismo, resolvera, à minha revelia, trocar a rodinha de um lado para o outro da bicicleta.
E não é que resultou?! A partir daí, nunca mais me inclinei para lado nenhum e aprendi a não confiar nas rodinhas! Mamãe é que sabe!
Quarta-feira, 9 de Fevereiro de 2011
Querido, mudei o tasco
Antes de ser esquilo, sou gaja e, como tal, tenho esta necessidade recorrente de mudar as coisas de sítio, pendurar umas cortinas novas, estender um tapete diferente no chão da sala.
Espero que gostem, até porque fui eu que desenhei este espetacular cabeçalho e eu é que tenho o cutelo na mão.
Sexta-feira, 4 de Fevereiro de 2011
Dia dos quê?
Ontem no Twitter, enquanto destilava a minha repugnância por essa efeméride cujo nome não vou pronunciar e que parece que vai acontecer daqui a 10 dias, alguém (a @AVFerreira) referiu que corações, para ela, só se fossem anatomicamente corretos.
Ora eu, que sou um esquilo que não deixa um desafio sem ser respondido, decidi criar um postal para comemorar de forma bastante mais simpática (ou então não) essa nojentinha efeméride.
E aqui está ele, o postal de Dia de São coiso anatomicamente correto (ou quase):
Está um bocadinho básico, eu sei. Se me apetecer, ainda trabalho no design. Se calhar, ainda ponho uma moldura a toda volta, com coraçõezinhos destes, o que vos parece?
EDIT: a pedido de muitas famílias (eu), cá ficam as várias versões do postal, para lamechas de todos os estilos:
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Versão über-kitsch |
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Versão rrrrrrrromântica |
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Versão dread |
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Versão clean |
Aceitam-se encomendas.
Quinta-feira, 3 de Fevereiro de 2011
O toque de Midas, mas ao contrário
Cheguei à conclusão de que tudo em que os americanos tocam se transforma em merda
[e não, nem estou a falar de politiquices, invasões descabidas e tretas dessas; isso já é muito à frente para mim].
Veja-se isto:
I rest my case.